A saúde mental requer um olhar integrado e abrangente. Parece-me desumano e anti-natura dissociar um indivíduo do seu meio e do seu contexto, assim como é impossível dissociar o corpo do sistema nervoso e as emoções das sensações físicas.

Quando falamos de Saúde Mental Integrativa, estamos a conceber a saúde mental como um todo, como uma dinâmica indissociável entre corpo, mente e sentimento. Entre sensação, cognição e emoção. É o corpo que vive as emoções e as experiências traumáticas, que viabiliza a expressão cognitiva e a reacção emotiva. E este corpo cheio de emoções e estímulos nervosos tem uma história e um contexto, pertence a um sistema.

A intervenção em saúde mental para ser efetiva necessita de contemplar todas estas dimensões e dinâmicas.

Trabalhei durante 9 anos segundo um modelo médico cartesiano e, com tudo o que tem de maravilhoso, aprendi muito, mas fui sentindo ao longo do caminho que havia dimensões do ser humano que não eram contempladas e integradas. Quando enveredei pela Psicoterapia Somática, pela psicossomática e epigenética, pude fazer a integração que tanto almejava e dar sentido a tudo o que já vibrava dentro de mim, enquanto pessoa e enquanto clínica.

Trabalho dos pés à cabeça. E talvez para além dos pés e para além da cabeça, pois trabalho com as raízes e a ancestralidade e com o transpessoal e a mediunidade.